«Com ele escrevemos as primeiras palavras, escrita tímida, provisória. Impreciso fascínio. Com ele se faz o povoamento de muitas cores do pequeno mundo dos desenhos infantis. O único lápis português, que nasceu em Vila do Conde e se fixou em São João da Madeira, completa agora setenta anos. Os responsáveis da Viarco comemoram a data com uma exposição itinerante, que já passou pelo Porto, e o lançamento de uma série limitada de cinco lápis que vão andarilhar pelas mãos de vários artistas.
António aceitou o desafio. Recebeu o Viarco Express, um lápis negro, da série limitada: cabe agora ao cartunista executar um trabalho. Terminada a obra, com o mesmo lápis escreve uma carta a um amigo, onde o convida a continuar a viagem. Ou seja, o lápis, seguindo sempre o mesmo processo, andará de mão em mão amiga até ficar completamente gasto.
José Miguel Vieira, responsável pela Viarco, pretende com estas iniciativas culturais chamar a atenção para a única fábrica de lápis do País, a sua longa história, e concretizar apoios para um grande projecto: a criação do museu do lápis, nas instalações anexas à unidade de produção, em São João da Madeira. Uma pequena parte do vasto espólio da Viarco esteve já exposto, no Porto, no Maus Hábitos. A mesma exposição, que integra colecções de lápis antigos, embalagens e outros material gráfico, passará ainda por Lisboa, Coimbra, Aveiro, Viseu, Vila do Conde e Vila Nova de Cerveira.»
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Mangas, Francisco
e Pereira, Hernâni (2006), «Lápis português a escrever há setenta anos», Diário de Notícias
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26.5.06
uma história escrita a lápis
Etiquetas: apontamentos
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