29.6.06

np: vinte e três e quinze




Clint Mansell // Requiem for a Dream
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2000

petits pois




: ::/ minimiam /:: :

interrupção para compromissos publicitários



|| | Stickbar Summer Berries & Cream | ||

27.6.06

a noite mais curta


a leitura e a sensação de pertença


Ler forneceu-me uma desculpa para a privacidade ou talvez tenha dado um sentido à privacidade que me era imposta, visto que, durante toda a minha infância, depois de termos regressado à Argentina em 1955, vivi à parte do resto da minha família, a cargo da minha ama numa outra zona da casa. Nessa altura, o meu lugar de leitura preferido era o chão do meu quarto, deitado de bruços e com os pés enganchados numa cadeira. Mais tarde, a minha cama, pela noite dentro, tornou-se o lugar mais seguro e mais isolado para ler naquela região nebulosa entre a vigília e o sono. Não me recordo de alguma vez me ter sentido só; de facto, nas raras ocasiões em que me encontrava com outras crianças, achava as suas brincadeiras e conversas bem menos interessantes do que as aventuras e os diálogos que lia nos meus livros.

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Alberto Manguel, Uma História da Leitura
Editorial Presença, 1998, pág. 24

22.6.06

hojassim



Gustav Klimt ~ The Blood of Fish
~~~ sem peixes e com sabor a cloro ~~~

21.6.06

curtas na noite mais curta


CURTAS NA NOITE MAIS CURTA
2: / das 22h30 às 23h35 e a partir das 00h15
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Esta é a noite mais curta do ano, marcada pelo solstício de Verão, e a 2 preparou uma emissão especial de curtas-metragens, a começar às 22h30.

Tim Tom, uma fita de animação com música de Django Reinhardt e realização de Christel Pougeoise e Romain Segaud (França, 2002), abre a programação. As Minhas Férias, uma produção da David & Golias com realização de Fernando Vendrell (Portugal, 2004), é o último dos 24 filmes.

Tim Tom, Golo, Indígena, Salvem as Crianças, Metam-se no Carro, I'll See You in My Dreams, O Estratagema do Amor, A Porta, Hon Är Död, A6-13, Táxi, Quem É Ricardo, Pela Porta, Dia de Feira, Anónimo, A Menina dos Meus Olhos, W, A Rapariga no Espelho, Um Círculo Perfeito, BD, A Drogaria, A Cor Negra, De Alguidar Até ao Mar e As Minhas Férias.

o dia mais longo


20.6.06

np: vinte e três e quinze




Herbert // Something Isn't Right
Herbert // Birds of a Feather
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Scale, 2006

dois éfes



Monty Python  International Philosophy
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Football Commentator: The Germans playing 4-2-4, Leibniz in goal, back four Kant, Hegel, Schopenhauer and Schelling, front-runners Schlegel, Wittgenstein, Nietzsche and Heidegger, and the mid-field duo of Beckenbauer and Jaspers. Beckenbauer obviously a bit of a surprise there.

Football Commentator: And here come the Greeks, led out by their veteran centre-half, Heraclitus. Let's look at their team. As you'd expect, it's a much more defensive line-up. Plato's in goal, Socrates a front- runner there, and Aristotle as sweeper, Aristotle very much the man in form. One surprise is the inclusion of Archimedes.

Football Commentator: Well here comes the referee, K'ung fu-tsze (Confucius), and his two linesmen, St Augustine and St Thomas Aquinas.

19.6.06

o itunes das fontes


//
FontExplorer™ X
/ font management software / organize your fonts just like your media files – using a library, folders, tags and even smart sets / you can examine the complete character set or just see a few sample paragraphs to know how a font looks like in real-life context

/ à espera da versão para windows

18.6.06

um óculo em forma de olho de peixe



o oo low-cost fisheye digital camera oo o
how a commodity door peephole can be used as a fisheye converter lens

ooooooo uma tentativa com o óculo ainda na porta

14.6.06

esta semana, no sítio do costume



NINGUÉM SABE // HIROKAZU KORE-EDA
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Cineclube Cinema Oita / 15 a 21 Junho
22h00 / quarta e sábado / 18h00 e 22h00

Quatro crianças vivem com a mãe num pequeno apartamento em Tóquio. São todas filhas de pais diferentes e a mãe escondeu a existência de três delas do senhorio. Um dia a mãe desaparece, deixando apenas algum dinheiro e um bilhete em que pede ao mais velho para tomar conta dos irmãos.

Assim começa a odisseia das quatro crianças, uma jornada de que ninguém sabe.

lavagem automática

13.6.06

hojassim



Às vezes sinto-me de vidro.

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Eugénio de Andrade

12.6.06

o mediterrâneo como um todo


PÉRIPLO — HISTÓRIAS DO MEDITERRÂNEO
2: / 23h30
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Histórias do Mediterrâneo é uma série documental de quatro episódios realizada por Camilo Azevedo e apresentada por Miguel Portas.

O segundo episódio começa nas ruínas do arco de triunfo de Mussolini em terras de África. Um pretexto para a viagem até Leptis Magna, a grande capital da linhagem africana dos imperadores romanos.
Em Leptis Magna o visitante tem as ruínas só para si. Perde-se nelas e deixa-se envolver pelas histórias que as pedras guardam. Uma é a da Medusa. Outra, a dos saques no Mediterrâneo. [...]

revolta simbólica



:}
Animator vs. Animation :: Alan Becker {:

9.6.06

memória partilhada




XX
VISÕES DO FEMININO NA COLECÇÃO DOS ENCONTROS DE FOTOGRAFIA

Centro de Artes Visuais // Pátio da Inquisição / Coimbra
até 10 de Setembro / terça a domingo / das 14h00 às 19h00
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Ana Vieira, Bill Brandt, Carlos Vidal, Cindy Sherman, Helena Almeida, Joana Pimentel, Jorge Molder, Julião Sarmento, Nan Goldin, Noé Sendas, Paulo Nozolino, Vasco Araújo, entre outros

+

np: dezanove e cinquenta




Boards of Canada // June 9th
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Boc Maxima, 1996

8.6.06

extra! extra!




Na próxima sexta-feira dia 9, a Associação Cultural Mercado Negro vai fazer uma proposta diferente à cidade de Aveiro. Numa casa antiga, mesmo em frente ao canal principal, vai surgir um projecto inovador e multi-funcional que se quer destacar como um pólo de cultura urbana na cidade.

Com uma programação cultural regular e de qualidade, o espaço incluirá um pequeno auditório com capacidade para 90 pessoas, um café dividido por três salas (sempre com uma cuidada selecção musical), a loja de música dB, a livraria Navio de Espelhos, a loja Lollipop, a loja de design Miyabi e a galeria Poc de Tot.
Todos os espaços são complementares e pretendem configurar, na sua área, uma verdadeira alternativa à oferta existente na cidade.

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de terça-feira a sábado / das 13h às 24h

7.6.06

polaroid

6.6.06

ler com os ouvidos


Uma tarde, Jorge Luis Borges veio à livraria acompanhado pela mãe, uma velha senhora de oitenta e oito anos. Era famoso, mas eu lera apenas alguns dos seus poemas e histórias, e não me sentia avassalado pela sua literatura. Estava quase completamente cego, mas, mesmo assim, recusava-se a usar bengala, e passava a mão pelas estantes como se os seus dedos pudessem ler os títulos. Andava à procura de livros para estudar anglo-saxão, que era a sua paixão mais recente, e tínhamos encomendado para ele o dicionário de Skeat e uma versão anotada de Battle of Maldon. A mãe de Borges começou a ficar impaciente; «Ó Jorginho», exclamou ela, «não sei porque perdes o teu tempo com o anglo-saxão, em vez de estudares uma coisa útil, como latim ou grego!» Por fim, ele voltou-se e pediu-me vários livros. Encontrei alguns deles, tomei nota dos títulos dos outros e então, quando já estava para se ir embora, perguntou-me se tinha os serões ocupados, porque (disse-o em tom de desculpa) precisava de alguém para lhe ler em voz alta, visto que a mãe se cansava muito depressa. Eu acedi. (...)

Nessa sala de estar, sob uma gravura das ruínas circulares de Roma de Piranesi, li Kipling, Stevenson, Henry James, várias entradas da enciclopédia alemã Brockhaus, versos de Marino, de Enrique Banchs, de Heine (mas ele sabia de cor estes últimos, pelo que, mal eu começava a ler, interrompia-me e, na sua voz hesitante, recitava os poemas de memória; a hesitação estava somente na cadência, não nas palavras em si, que ele recordava com exactidão). Eu não tinha ainda lido muitos destes autores, de forma que o ritual era bastante curioso. Eu descobria um texto lendo-o em voz alta, enquanto Borges usava os ouvidos como outros leitores usam os olhos para esquadrinhar uma página à procura de uma palavra, de uma frase, de um parágrafo que confirmassem um registo da memória.

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Alberto Manguel, Uma História da Leitura
Editorial Presença, 1998, pág. 30

um espantalho abstémio

5.6.06

memória extensa


Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo.
O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.

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Jorge Luis Borges

vá para fora cá dentro



«Todos os anos, entre meados de Abril e princípios de Junho, a Reserva Botânica de Cambarinho, nas encostas da Serra do Caramulo, é palco de um exuberante espectáculo de cor, com os loendros floridos a serpentearem ao longo dos seus 24 hectares, aproveitando a humidade das linhas de água.

Loendro é o nome popular que nesta região se adoptou. O nome científico é Rhododendron Ponticum, subespécie Baeticum, e é uma das raras espécies sobreviventes da flora do período geológico do Terciário (há mais de dois milhões de anos), desaparecida com as glaciações.

Em Portugal, os loendros foram encontrados em 1799, na Serra da Fóia (Monchique). Anos depois, em 1884, o investigador Júlio Henriques, da Universidade de Coimbra, descobriu-os nas margens do Rio Alfusqueiro, durante uma expedição botânica à Serra do Caramulo.

Actualmente é em Cambarinho que se situa a maior concentração de loendros da subespécie Baeticum, havendo outras mais pequenas em Monchique (Algarve), Odemira (Alentejo) e Sierras del Algibe (Cadiz, Sul de Espanha).» ::

2.6.06

cute idea, wrong colour



o oo Blow Monkey Nail Dryer oo o
if you're tired of flapping your hands about like you've got some kind of nervous tic in an attempt to dry your nail varnish, this is for you

esta semana, no sítio do costume



LISBOETAS // SÉRGIO TRÉFAUT
_
01 a 14 Junho
22h00 // quarta e sábado / 18h00 e 22h00
Cineclube Cinema Oita


Lisboetas é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou Portugal, o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num processo de transformação irreversível. Novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades.
É uma viagem a uma cidade desconhecida...

1.6.06

jogar contra o vento



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comparatipo


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