Burial // Burial
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2006
26.11.06
entre nós e as palavras
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
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Mário Cesariny, Pena Capital
Assírio & Alvim, 1982
21.11.06
4.11.06
smell(s) and the city
--o--- New York City Subway Smell Map --o---o--
created from reports sent in by Gawker readers, the map displays particular smells—horrific and sublime—encountered throughout New York's subway stations
11.10.06
29.9.06
extra! extra!
amanhã :: sábado :: 30 setembro
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um dia só com preços reduzidos
cd e vinil a partir de 95 cêntimos
títulos recentes com preços reduzidos
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na flur :: das 13h às 21h :: av. infante d. henrique, armazém b4
sta. apolónia :: lisboa
28.9.06
np: dezoito e cinco
Helios // Dragonfly Against an Ancient Sky
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Eingya, 2006 /
artwork Matthew Woodson
«A protracted sunset of an album guaranteed to see you through the longest days of summer and into the twilight of the autumn.»
uma coisa em forma de estrela
ASTERIDEA */* ERNST HAECKEL
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*/ ilustração retirada do livro Kunstformen der Natur 1899-1904
27.9.06
serão sempre horas de partir
apenas um instante e as coisas mudam-se
umas nas outras enlaçadas,
então ocorre perguntar: porque não começa
a vida? noite após noite, os vastos entrepostos alcatroados permanecem vazios,
e é possível, de longe, avistar as fogueiras
que a chuva ateia, e debaixo do lodo os corpos
abandonados pela guerra.
o universo, dirás, expande-se
e contrai... mas entretanto
já a folha corrói o desejado,
e a doença do verme anima o verso.
como esperar? são pálidas as bocas
a vídeo no vinil e na placenta,
e se perdeu a vaga parecença
da paisagem.
vamos por aí fora, ao deus dará, vertidos
em rima tosca,
serão sempre horas de partir, de beijar,
de voltar a casa para um jantar de madrugada,
de ir ao cinema pra esquecer, de ficar
solto numa esquina, esquecido,
depois basta deitar fora toda a água parada
e será verão.
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António Franco Alexandre, As Moradas 1&2
Assírio & Alvim, 1987, pág. 42
26.9.06
de pequenino se torce o pepino
/ Rockabye Baby! Lullaby Renditions of Radiohead /
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1 No Surprises / 2 Let Down / 3 Subterranean Homesick Alien /
4 Airbag / 5 Paranoid Android / 6 Knives Out / 7 Karma Police /
8 There There / 9 Everything in Its Right Place / 10 2 + 2 = 5 /
11 Sail to the Moon
/ Rockabye Baby! Lullaby Renditions of The Pixies /
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1 Monkey Gone to Heaven / 2 Gigantic / 3 Here Comes Your Man /
4 Debaser / 5 Caribou / 6 Bone Machine / 7 Where Is My Mind? /
8 Wave of Mutilation / 9 Trompe Le Monde / 10 U-Mass /
11 Head On
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22.9.06
20.9.06
falta-me
FALTA-ME // CLÁUDIA VAREJÃO
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Na turbulência da vida urbana acontece-nos esquecer ou subestimar coisas que nos fazem falta, ausências que nos suspendem, adiam ou até que nos magoam.
Este documentário pede a cerca de uma centena de habitantes da área metropolitana de Lisboa que escrevam numa ardósia o que mais lhes faz falta. São respostas de pessoas de vários estratos sociais, de diferentes idades e com actividades diversificadas, que acabam por compor um retrato íntimo da sociedade portuguesa contemporânea.
... uma cópia do documentário
18.9.06
12.9.06
6.9.06
em busca do peso perdido
HELP THOSE WHO WANT BACK WHAT THEY LOST
.: . ATYPYK :. PLEASE .: .
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could be considered a website that offers ideas
4.9.06
linque do dia
_/ DIÁRIO GRÁFICO _/
[...] um ponto de encontro de pessoas que desenham de uma maneira sistemática e quase obsessiva no seu quotidiano. Mostra registos do seu autor, Eduardo Salavisa, e de outros autores que ele gosta [...]
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