Um dia monótono por outro qualquer
monótono, idêntico é seguido. Feitas serão
as mesmas, voltarão a ser feitas onde se quiser —
os momentos semelhantes encontram-nos e de nós vão.
Um mês passa e traz outro mês.
As coisas que vêm são fácil conjectura de fazer;
é o de ontem aquele aborrecido outra vez.
E acaba o amanhã por amanhã não aparecer.
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Konstandinos Kavafis, Os Poemas
Relógio de Água, 2005, pág. 61
22.5.06
hojassim
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